Apaguem-se os rastros. André Resende

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Texto de André Resende:

 

Curioso, pouco mais que curioso: no ano do lançamento no Brasil do livro Não contem com o fim do livro, debate do semiótico e escritor Umberto Eco e o escritor Jean Claude Carrière em defesa da preservação dos livros como extensão de um interesse para além do corpo e uma captura essencial à imaginação, transita no Congresso brasileiro uma proposta para incinerar, ou fazer destruição mecânica, ou por outro meio adequado, os documentos envolvendo os processos no judiciário do Brasil.

 

Uma comissão de juristas elaborou o anteprojeto do novo código de processo civil brasileiro e resgatou uma ideia sugerida no alto período dos militares no poder. Simples coincidência de manutenção de frase e ideia de apagar registros históricos, em tempos distintos. Quem disse que a História uma vez é tragédia e outra vez é piada, esqueceu-se de pensar que, quando se apagam os registros invocadores da História, a tragédia persiste.

 

Leia a íntegra: Apaguem-se os rastros

segunda-feira, 26 de julho de 2010


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